Articulação escapulotorácica

A articulação escapulotorácica é uma articulação funcional, fixada ao gradil costal graças ao músculo serrátil anterior (a escápula repousa sobre ele). É uma articulação muito móvel que permite que a escápula realize os movimentos de Adução (ou retração), abdução (o protração), depressão, elevação, rotação superior e rotação inferior.

Músculos que atuam na escápula
Para compreender a ação muscular é interessante observar a direção das fibras musculares e inserções. Isso ajudará bastante na hora de visualizar e compreender os movimentos em questão.
Outro detalhe: Não basta saber (decoreba) as ações musculares isoladas de cada músculo. Após aprender a ação de todos é legal ver as sinergias verdadeiras e acessórias que podem acontecer entre eles.
Para palpar os músculos é bem simples. Basicamente, você deve solicitar ao músculo a ação que ele faz e sentir a contração. Para tanto, você deve palpar o local adequado (ventre muscular).

1. Trapézio

É um músculo superficial, de fácil palpação e inspeção. O trapézio pode ser subdividido em três porções de acordo com suas fibras. juntas realizam a adução.


Porção superior - Fibras superiores
Inserção proximal: Base o osso occipital ao ligamento nucal.
Inserção distal: Acrômio e articulação acromioclavicular.
Esta porção muscular realiza adução, rotação superior e elevação da escápula.



Porção média - Fibras médias
Inserção proximal: processos espinhosos de C7- T3.
Inserção distal: Espinha da escápula.
Esta porção do m. trapézio realiza apenas a adução ou retração da escápula;

Porção inferior - Fibras inferiores
Inserção proximal: Processos espinhosos de T3 - T12.
Inserção distal: base da espinha da escápula.
Este músculo realiza adução, depressão e rotação superior.

Palpação
Para palpar o trapézio, o avaliado deve está em decúbito lateral. Para palpar o trapézio porção superior, deve ser solicitado uma adução e elevação da escápula em direção a orelha. Para a porção média, solicita-se apenas uma adução e palpa a região do ventre muscular. E para palpar a porção inferior, solocita-se uma depressão da escápula em direção à coluna.

2. Romboides

Temos o romboide maior e o menor. Aqui será estudado como um só, devido a sua ação muscular que é a mesma. São músculos profundos (está abaixo do trapézio) mas palpáveis indiretamente.

Inserção proximal: Segundo o Brunntrom "das duas últimas vértebras cervicais e das quatro primeiras torácicas". Nas minhas anotações, a inserção proximal é dos processos espinhosos de T1 - T5.
Inserção distal: Bordo medial da escápula.
Estes músculos realizam rotação inferior, adução e elevação da escápula.

Palpação
Para palpar os romboides deve-se solicitar ao avaliado que coloque o dorso da mão na região e afaste-a. O avaliador deverá palpar o ventre muscular, entre o bordo medial e a coluna vertebral. 

3. Elevador da Escápula

Também pode ser chamado de levantador da escápula. É um músculo profundo (abaixo do trapézio também) e de difícil palpação.

Inserção proximal: Processos transversos de C1- C4.
Inserção distal: Ângulo superior medial da escápula.
Este músculo pequeno realiza elevação e rotação inferior da escápula.

Palpação
 Coloca-se o antebraço na região lombar e encolhe o ombro. O elevador será palpado na região do pescoço, anterior ao trapézio e posterior ao esternocleidooccipitomastoide. 



4. Peitoral Menor
Trata-se de um músculo profundo porém indiretamente palpável.
Inserção proximal: Face anterior da 3ª, 4ª e 5ª costela.
Inserção distal: Processo coracoide.
O m. peitoral menor realiza a depressão, e rotação inferior da escápula. 

Palpação
Coloca-se o dorso da mão na região lombar e em seguida afasta-a. O examinador, sentirá a contração logo a baixo do processo coracoide.



5. Serrátil Anterior

Estre músculo contorna o tórax é o responsável por manter a escápula fixa ao gradil costal.

Inserção proximal: Face ântero-lateral das nove primeiras costelas
Inserção distal: Bordo medial da escápula (o serrátil passar por baixo da escápula)
O serrátil anterior realiza a rotação superior e abdução da escápula. 


Palpação
Solicita-se uma flexão de ombro. O examinador observará a contração sobre as costelas, logo abaixo do peito/peitoral do paciente.


Observações importantes:

1° A escápula encontra-se 30° a frente do plano coronal. Alguém sabe o porquê? Se você pensou que é por ela estar sobre as costelas vocês acertou! :)
2° O que é o ritmo escapuloumeral?
Até 30° de abdução do ombro a cápsula articular não se move, após isso a escápula começa a rotacionar superiormente em resposta a ação do m. trapézio e m. serrátil anterior.
3° Os músculos m. peitoral menor e m. serrátil anterior também atuam em situações de inspiração forçada elevando as costelas para que haja maior entrada de O2. São chamados de músculos acessórios da respiração.
4° Caso tenha dificuldade em sentir a contração muscular, ponha resistência na extremidade. Isso dificultará o movimento e exigirá que o músculo realize mais força, facilitando a palpação.
5° Atenção nas fibras sempre! Ter as imagens em mente e imaginá-las se aproximando ajuda demaaaaaais a compreender os movimentos que realizam.


Referências: 
Meu caderno :)
SALVINI, Tania de Fátima (Coord.).Movimento Articular: Aspectos Morfológicos e Funcionais. Barueri: Manole, 2005.
SMITH, Laura K.; WEISS, Elizabeth L.; LEHMKUHL, L. Don.Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 5.ed. Barueri: Manole, 

Planos e Eixos

Descrever os movimentos do corpo humano é um pouquinho complicado, já que precisamos de informações detalhadas e terminologias específicas para isso. Para facilitar nossa vida sofrida de estudantes, foi criado o sistema de planos e eixos imaginários que auxiliam na descrição dos movimentos em três dimensões.
* Vamos Utilizar a Posição anatômica como referência.

Planos
São considerados três planos de referência imaginários, dois verticais e um horizontal, perpendiculares entre si. São eles:

Plano Sagital
O plano sagital mediano, ou simplesmente sagital, divide o corpo em metades direita e esquerda. Os planos paralelos a ele são chamados de sagitais.

Plano Frontal
Também chamado de Plano Coronal, o plano frontal divide o corpo em partes anterior e posterior.

Plano horizontal
Ou Plano Transverso, divide o corpo em parte superior e inferior.

Fácil, né? Agora vamos associar os planos com os eixos. Eles são perpendiculares aos planos e é em torno deles que os movimentos ocorrem ("imaginem os eixos como pinos", comparação clássica dos professores :p). Então vamos aos eixos!




Eixo Látero-lateral ou transversal é perpendicular ao plano sagital. Eles eixo permite os movimentos de flexão, extensão e hiperextensão.







Já o eixo Ântero-posterior ou sagital é perpendicular ao eixo Frontal (ou Coronal), entorno desse eixo ocorrem os movimentos de adução e abdução.







O eixo Longitudinal ou súpero-inferior é perpendicular ao plano horizontal e permite os movimentos de rotação lateral (ou externa) e rotação medial (ou interna).







OBS. 1 - O sistema de planos e eixos pode ser colocado no centro dos vários segmentos e articulações. Desse modo, a descrição do movimento será analisada tendo em vista o local onde se encontra o sistema.
OBS 2 - A maioria dos movimentos do corpo ocorre nesses eixos que descrevemos. Há exceções, como os movimentos do polegar e do cíngulo do membro superior, mas isso fica pra outro dia. :)

Referências:
SALVINI, Tania de Fátima (Coord.).Movimento Articular: Aspectos Morfológicos e Funcionais. Barueri: Manole, 2005.
SMITH, Laura K.; WEISS, Elizabeth L.; LEHMKUHL, L. Don.Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 5.ed. Barueri: Manole.
  

Avaliação fisioterapêutica do Ombro

Uma geral. Ai fala sobre as articulações, movimentos, goniometria, testes especiais e considerações. Muito bom pra quem já estudou cinesiologia e Semiologia e tá a fim de revisar um pouco (tipo eu).



O complexo do Ombro

Uma imagem auto-explicativa faz a diferença!
A região do ombro é composta de 20 músculos, 3 articulações verdadeiras (articulações ósseas com líquido sinovial, cápsula articular, ligamentos...) e 3 falsas (sem contato ósseo, cápsula...). Estas articulações permitem a maior mobilidade encontrada no corpo (cerca de 180º para flexão, abdução e rotação e 60º para hiperextensão. Esse complexo proporciona amplos movimentos para as mãos e estabiliza-as. Movimentos simples como levar um copo à boca aos mais intensos como andar de moletas ou plantar bananeira.
O complexo do ombro é um sistema funcional composto por várias articulações, que atuam em perfeita sincronia. Essa característica de integralidade das articulações permite uma grande amplitude de movimentos e ao meso tempo predispondo o membro a inúmeras lesões. Qualquer alteração no funcionamento dessas estruturas (hipo ou hipermobilidade) resulta em prejuízo funcional.
Nosso ombro permite os movimentos de Adução, Abdução, Adução horizontal, Abdução horizontal, Flexão, Extensão e Hiperextensão, Rotação medial e Rotação Lateral. O ombro realiza ainda a Circundação que é a combinação de seus movimentos.

As articulações: 
Artc. Verdadeiras/Ósseas 
        - Esternoclavicular (única articulação verdadeira que liga o membro superior ao esqueleto axial);
        - Acromioclavicular;
        - Glenoumeral. 
Artc. Falsas/Funcionais 
        - Escapulotorácica;
        - Supra Umeral (ou Subacromial);
        - Sulco Bicipital.
Todas as articulações trabalham e sincronia e não de forma isolada.

*Nos próximos posts vamos falar nas articulações verdadeiras e apenas da Escapulotorácica dentre as articulações funcionais.

Músculos:

Os músculos são dividido de acordo com a articulação em que atuam, já já eles aparecem aqui.

Ossos:

Algumas parte ósseas estão envolvidas nos movimentos da extremidade superior em relação ao troco. São elas: Clavícula;
       Costelas;
       Esterno;
       Escápula; 
       Úmero.

Nestes ossos há várias observações e áreas palpáveis, portanto serão cenas para os próximos capítulos!


Referências: 
SALVINI, Tania de Fátima (Coord.).Movimento Articular: Aspectos Morfológicos e Funcionais. Barueri: Manole, 2005.
SMITH, Laura K.; WEISS, Elizabeth L.; LEHMKUHL, L. Don.Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 5.ed. Barueri: Manole, [1997].

Fantasia, exageros e verdades



Conta a lenda que, quando Deus estava dividindo as profissões, viu um homem no canto que não se encaixava em nenhuma das já divididas. Sem entender, Deus chegou nele, e ao perguntar o porque não havia escolhido nenhuma delas, o homem respondeu: - Porque sinto que meu coração bate, também, nas mãos. Neste exato momento, Deus criou uma nova profissão: a Fisioterapia. Porém em troca, os estudantes deveriam que dedicar anos de suas vidas e em troca, teriam que seguir alguns mandamentos:


I. Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental;
II. Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga;
II. Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais terás úlcera;
IV. Seu carro será teu único amigo e as tuas refeições principais serão os lanches, PF's, salgadinhos e pizza, quando der tempo;
V. Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos; 
VI. Tua sanidade mental será posta em xeque antes que completes cinco anos de trabalho. Terás estresse, estafa, depressão... Surtarás e precisará de um psiquiatra;
VII. Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único;
VIII - Terá vontade de matar um amigo por semestre, talvez um professor, o coordenador de curso...
IX - Seu melhor amigo atenderá pelo nome de Guyton;
X - Analisará todas as pessoas ao caminharem, sentarem e até falarem;
XI - Terá alguns pacientes como filhos, outros como pais, avós... E se tornarás parte da família deles;
XII - Dormir não estarás em seu vocabulário;
XIII - Irá se encaixar em cada doença, pois verás que tem um sintoma de cada;
XIV - Sua melhor vestimenta será um jaleco e você não deverá andar com ele fora dos locais adequados;
XV - E, o pior... Inexplicavelmente gostará de tudo isso! Trabalharás com amor e serás feliz!



Disponível em: facebook.com/Fisiodepressao

Introdução à Reumatologia



Reumatismo é definido como conjunto de entidades mórbidas em que predominam a dor e a rigidez em algum setor do aparelho locomotor.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, o termo reumatismo, embora consagrado, não é um termo adequado para denominar um grande número de diferentes doenças que tem em comum o comprometimento do sistema músculo-esquelético, ou seja, ossos, cartilagem, estruturas peri-articulares (localizadas próximas às articulações, tendões, ligamentos, fáscias, etc) e/ou de músculos.
Ao contrário do que ocorre com doenças cardíacas, neurológicas ou gastrintestinais, que podem ser definidas como doenças que acometem determinado órgão ou sistema, o conceito de que as doenças reumáticas são as doenças que acometem o sistema osteo-articular nem sempre é correto, pois, muitos pacientes com doenças reumáticas podem não apresentar queixas articulares, ósseas ou comprometimento de tecidos peri-articulares, mais sim de órgãos diversos, como rins, coração, pulmões, pele e etc. (Ou seja, não atinge só ossos, músculos, cartilagem e tendões, mas também outros órgãos e sistemas corporais). 
Para facilitar nosso entendimento as doenças reumatológicas foram classificadas (10 classes) de acordo com seu mecanismo de lesão ou local de acometimento. São elas:
1. Doenças difusas do tecido conjuntivo
Doenças que cursam com inflamação do tecido conjuntivo e que estão relacionadas aos distúrbios do sistema imunológico, que passam a reagir contra uma célula, tecido ou outro antígeno do próprio organismo.
Exemplo: Lúpus Eritematoso Sistêmico, Artrite Reumatoide e Esclerose Sistêmica) 
2. Vasculites Sistêmicas
Grupo de doenças caracterizadas por um processo inflamatório de vasos sanguíneos levando a necrose da parede do vaso e obstrução da luz. 
Exemplos:Arterite De Takayasu, Granulomatose de Wegener e Arterite Temporal 
3. Espondiloartropatias
Doença inflamatória da coluna vertebral podendo ou não causar artrite em articulações periféricas e inflamação em outros órgãos como o olho.

Exemplos: Espondilite Anquilosante, Síndrome de Reiter e Espondiloartropatia da Psoríase.
4. Doenças osteometabólicas
Doença que afetam principalmente os ossos. 
Exemplos: Osteoporose, Osteomalácea e Hiperparatiroidismo.
5. Doenças Articulares Degenerativas
Doenças degenerativas que afetam as articulações.

Exemplos: Osteoartrose Primária e Secundária (secundária a acromegalia, fraturas, má formação da articulação e ossos, etc.). 
6. Artropatias Microcristalinas
Doenças articulares causadas por microcristais. 
Exemplos: Gota, Condrocalcinose e Artrite por hidroxiapatita. 
7. Artropatias Reativas
Doenças reumáticas associadas a processos infecciosos.

Exemplos: Artrites Infecciosas (infecção dentro da articulação), Osteomielite (infecção no osso), Artrite Reativa (artrite secundária a processo infeccioso localizado em outros locais Ex: Chlamídia, Viroses, Amidalite e etc) e Febre Reumática. 
8. Reumatismos Extra-articulares
Doenças que acometem estruturas próximas às articulações, mas não afetam a articulação propriamente dita.

Exemplos: Fibromialgia, Dor Miofascial, Tendinites, Bursites, Esporões do calcâneo, Fasciíte  Plantar e Epicondilite. 
9. Artrites intermitentes
Acontecem em pausas, sem continuidade.

Exemplos: Febre Familiar do Mediterrâneo, Reumatismo Palindrômico e Hidrartrose Intermitente.
10. Artropatias secundárias a outras doenças não reumáticas
Queixas osteo-articulares que podem ocorrer na evolução de outras doenças.

Exemplos: Diabetes mellitus, Hipotiroidismo, Hiperteiroidismo e Tumores (ósseos, articulares, tecidos peri-articulares).

Considerações Importantes!
- As causas, consequências e tratamentos variam de doença para doença, portanto é mais adequado saber qual a doença do que simplesmente classificá-la com reumatológica.
- Reumatismo ou Doença Reumatológica não é diagnóstico!
- O diagnóstico precoce é de grande importância para tratamento da doença (seja ela qual for).



Bora estudar!


Referências:
http://www.reumatologia.com.br
http://medicinanet.com.br/

Bora estudar!

Ouça a música aqui
Até o fim - Engenheiros do Hawaii

Introdução à Cinesioterapia

Basicamente é um conjunto de técnicas de terapia pelo movimento, utilizadas em várias especialidades da fisioterapia.
É uma matéria fascinante e realmente nos estimula a estudar cada vez mais, já que, o conhecimento em cinesioterapia sera essencial na nossa conduta terapêutica.
A cinesioterapia usa de conhecimentos de Anatomia, Fisiologia, Cinesiologia e biomecânica, por exemplos, (Ou seja, se você passou se arrastando nessas matérias, trate de começar a estudá-la pra ontem) a fim de proporcionar a cura, reabilitação e prevenção.
Dentre seus objetivo os principais são: estabelecer Amplitude de Movimento (ADM) normal da articulação, promover atividades (o máximo possível) com a finalidade de diminuir os efeitos da inatividade e corrigir deficiências de um músculo ou grupo muscular. Resumindo: Recuperar a capacidade funcional do paciente.
A cinesioterapia pode ser desenvolvida de forma ativa ou passiva.
De forma ativa será com movimentos voluntários. A cinesioterapia ativa pode ser livre,  assistida (terapeuta ajuda quando o paciente não conseguir sozinho), assistida-resistida e resistida. Enquanto a passiva pode ser com movimentos passivos relaxados ou forçado.
Com está técnica podemos promover ao paciente força, resistência a fadiga, mobilidade, relaxamento e coordenação e habilidade.

O que dá pra tratar com a Cinesioterapia?
Muuuuuuuuita coisa! Só alguns exemplos:

- Dor, fraqueza muscular, torque diminuído, baixa resistência à fadiga, ADM limitada, hipermobilidade articular, deformidades posturais;
- Desequilíbrio, desestabilidade, descontrole postural, descoordenação, tônus anormal;
- Capacidade aeróbica diminuída, circulação comprometida (artéria, linfática ou venosa);
- hipomobilidade da pele.

Viu como é uma disciplina importante?
Requer bastante dedicação e interesse de nós, estudantes, portanto direto pro Kisner!


Referência:
KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn Allen.Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 5.ed. São Paulo: Manole, 2009. 

Insuficiência Ativa e Passiva



O fenômeno conhecido como insuficiência é mais evidente em músculos bi- ou poliarticulares, mas também podem ser encontrados em músculos monoarticulares (nesse caso, o que acontece é o impedimento que os músculos Envolvidos em determinada ação muscular alcancem maiores amplitudes de movimento devido a uma ação agonista ou antagonista).

- Insuficiência ativa: Ocorre quando, devido à contração ativa, as fixações do agonista se aproximam tanto que ele perda e a tensão.

Imagine um elástico em que depois de estica-lo você volta ao ponto normal e depois aproxima ainda mais as pontas. Pois é, ele fica “bambo”, frouxo. Com o músculo também é assim.

- Insuficiência passiva: Esta acontece quando o antagonista se alonga de tal forma que limita a ação do agonista.


Exemplos:

1º O músculo bíceps braquial atua tanto na flexão de ombro quanto na de cotovelo. Sendo assim, se realizarmos uma flexão de cotovelo e de ombro ao mesmo tempo (no mesmo membro, por favor!) o m. bíceps braquial ficará insuficiente de forma ativa devido a aproximação de suas inserções.

2º Se for executada uma flexão de quadril com uma extensão de joelho os mm. Ísquiotibiais se alongarão de tal forma que limitarão a flexão de quadril realizada pelo m. quadríceps. Esta é uma insuficiência do tipo passiva, visto que o antagonista (mm. Ísquiotibiais) limitou a ação do agonista (m. quadríceps).

Fácil? Bons estudos! :)

Referência: 
KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn Allen.Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 5.ed. São Paulo: Manole, 2009. 
SMITH, Laura K.; WEISS, Elizabeth L.; LEHMKUHL, L. Don.Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 5.ed. Barueri: Manole, [1997].
Portal Esporte e Ciência - esporteeciencia.blogspot.com.br

Sinergias


Segundo o Brunnstrom, um músculo pode ser definido como sinergista (do grego syn, junto; ergon, trabalho) sempre que ele se contrai ao mesmo tempo que o agonista.



Há dois tipos de sinergia, são elas: 
- Sinergia Verdadeira - Ocorre entre músculos agonistas e antagonistas. Ambos vão contrair ao mesmo tempo, ou seja, enquanto um tenta executar o movimento o outro (antagonista) limita a contração.

Exemplos: 
m. tríceps braquial atua em sinergia verdadeira com o m. bíceps braquial;
mm. ísquiotibiais e m. quadríceps são sinergista verdadeiros.

- Sinergia Acessória - Ocorre entre agonistas. Os músculos se “ajudam” a fim de realizar um mesmo movimento.

Exemplos: 
As três porções do m. deltoide trabalham juntas para realizar a abdução de ombro;
m. tríceps braquial e o m. ancôneo trabalham juntos, em sinergia verdadeira, para realizar a extensão de cotovelo;
mm. gastrocnêmios e o m. sóleo trabalham juntos para executar a flexão plantar.


Referência: SMITH, Laura K.; WEISS, Elizabeth L.; LEHMKUHL, L. Don.Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 5.ed. Barueri: Manole, [1997]. 


Dificuldade nunca foi um grande motivo para a desistência.Vale a pena se esforçar a cada dia mais e mais se isso significar alcançar seus objetivos.

Músculos Agonistas e Antagonistas


Antes de seguir com os estudos voltados para as articulações, ações musculares e tudo mais, devemos ter em mente a definição de alguns termos vistos não só na cinesiologia, mas em todas as demais disciplinas que virão por ai. Começaremos  então com os tipos musculares.


Vamos às definições dadas pelo Brunnstrom:



Agonista 
Um músculo (ou grupo muscular) que esta se contraindo e que é considerado o principal músculo produzindo um movimento articular ou mantendo uma postura é designado um agonista (do grego agon, competição) ou motor principal. O agonista sempre se contrai ativamente para produzir uma contração concêntrica, isométrica ou excêntrica.

Antagonista
O antagonista (do grego anti, contra) é um músculo (ou grupo muscular) que possui a ação anatômica oposta à do agonista. Usualmente o antagonista  é um músculo que não está se contraindo e que nem auxilia nem resiste ao movimento mas que passivamente se alonga ou encurta para permitir que o movimento ocorra.


Resumindo: 

- Músculo Agonista: Aquele que realiza o movimento.

- Músculo Antagonista: Contrário ao movimento.

 Esta classificação muscular vai depender do movimento em questão, quer dizer, se você realiza uma flexão de ombro (articulação glenoumeral), os músculos agonistas serão os flexores de ombro (m. deltoide [porção anterior], m. peitoral maior [porção clavicular], m. coracobraquial) e os antagonistas serão os extensores de ombro (m. deltoide [porção posterior], m. tríceps braquial, m. grande dorsal, m. redondo maior).
Porém se você for realizar uma extensão do ombro os agonistas serão os extensores de ombro e os antagonistas serão os flexores. 

Simples, né?





Referência: SMITH, Laura K.; WEISS, Elizabeth L.; LEHMKUHL, L. Don.Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 5.ed. Barueri: Manole, [1997]. 

Introdução a Cinesiologia


Cinesiologia é o estudo do movimento propriamente tido e desenvolveu-se a partir da observação e curiosidade do tipo: “Como caminhamos?”, “Quais os limites da força?”, “Como um pássaro voa?”. E assim evoluiu a ciência do movimento que conhecemos hoje. Esta está combinada com conhecimentos de anatomia, psicologia, antropologia e mecânica.
A mecânica aplicada ao corpo humano vivo é chamada de Biomecânica, que pode ser dividida em estática e dinâmica.


A biomecânica estática ocupa-se com os corpos em repouso ou movimento uniforme. Já a biomecânica dinâmica trata dos corpos que estão em aceleração ou desaceleração.

Outros conceitos básicos:
Cinemática é ciência do movimento dos corpos no espaço. A cinemática divide-se em:
            - Osteocinemática: Movimentos dos ossos.
            - Artrocinemática: Movimentos que ocorrem dentro das articulações.

A literatura indicativa desta disciplina incluem os livros:
            - Cinesiologia Clínica de Brunnstrom (um clássico! Muuuuuito bom)



    - Fisiologia articular – A. I. Kapandji (Ótimo, principalmente quanto a biomecânica. Dividido em três exemplares eu abordam tronco e coluna vertebral, membro superior e membro inferior).



           


 - Cinesiologia prática para fisioterapeutas – Jeff G. Kanin (livro bem objetivo e didático)







Porque estudamos cinesiologia?

Porque precisamos compreender as forças que atuam no corpo e como manipulá-las em um tratamento a fim de favorecer a recuperação do nosso paciente e preveni-lo de futuras lesões.
A cinesiologia é uma das matérias chaves do curso de fisioterapia. Nela você aprenderá principalmente a localização de ossos e acidentes ósseos, localização e ação de todos os grupos musculares do nosso corpo, bem como os movimentos que podem atuar e já começa a ter noção do que deve ser feito e determinados casos clínicos.


Aprendemos palpação, compreendemos a ação biomecânica por trás de cada movimento, da marcha, as bioalavancas e sobre as cadeias cinéticas também.
É galera... De fato é bastante coisa, mas ninguém disse que a fisioterapia era um mar de rosas, disse? Mas calma, apesar de ser uma disciplina muito puxada (é, você estudará até quando não quiser) é muito boa! Você começa a desenvolver o olhar clínico, crítico e reflexivo (extremamente importante para o fisioterapeuta). Você começa a olhar as pessoas na rua, seus parentes e amigos de forma diferente: analisando postura, observando a fraqueza de certos músculos por exemplo. (Não tô exagerando, é tudo verdade!) Portanto se preparem!



















Bons estudos!



Referência: SMITH, Laura K.; WEISS, Elizabeth L.; LEHMKUHL, L. Don.Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 5.ed. Barueri: Manole, [1997].

Dias normais



"Quando você levanta da cama pela manhã você acha que vai ser um dia normal

Você nunca sabe que este dia será o dia mais importante de sua vida.
A gente nunca reconhece.

O dia que seu pai te apresenta pros amigos com tanto orgulho.
O dia que seu primeiro paciente grave vai ter alta.
O dia que aquele professor que você admira faz um elogio sincero.
O dia que você sai pra faculdade toda descabelada e encontra o amor da sua vida.
O dia que se apaixona pelo colega de classe.
O dia que você entrou na Fisioterapia.

A gente nunca sabe quando vai ser o melhor dia de nossas vidas, mas quando ele acontece a gente percebe que não há tempo suficiente, por que a gente quer viver pra sempre.
Os dias perfeitos sempre começam normais." 

(adaptado Conselhos de um interno)
Disponível em: facebook.com/Fisiodepressao

Eureka!

Segundo o "Significados.com.br", Eureka é uma interjeição que significa “encontrei” ou “descobri”. É normalmente pronunciada por alguém que acaba de encontrar a solução para um problema difícil. O termo tem a sua origem etimológica na palavra grega “heúreka”, o pretérito perfeito do indicativo do verbo “heuriskéin” que significa “achar, descobrir”.


Assim como o sábio Arquimedes eu também tinha um dilema: Como revistar todo o conteúdo que vi até hoje na faculdade? 
Eis a solução: Escrever tudo de forma resumida e clara. \o/


A ideia desse blog surgiu de repente. Seu objetivo é, basicamente, revisar de forma sucinta, conteúdos e termos vistos nas aulas de fisioterapia. Pessoalmente falando, é uma forma que arranjei de me recordar de coisas que vi, estudei e não podem passar despercebidas ou serem esquecidas.

Tentarei introduzir conteúdos das várias matérias vistas desde a nossa inseparável anatomia e fisiologia, por exemplo, até as aplicadas, como Neurologia e Ortopedia.
Não, não sou professora, tampouco formada na área. Sou uma estudante como muitos ai afora, portanto, toda observação/correção e esclarecimento extra será mais que bem vindo!
Vou tentar manter esta página atualizada com eventos (congressos, encontros, simpósios), artigos e vídeos também.
Estamos abertos a sugestões de conteúdos a serem postados.
Então é isso, fiquem à vontade e vamos começar! :)