Ceratocone

Ceratocone é uma doença ocular não inflamatória que afeta o formato e a espessura da córnea, provocando a percepção de imagens distorcidas. A evolução do ceratocone é quase sempre progressiva com o aumento do astigmatismo, mas pode estacionar em determinados casos. Na sua fase inicial, o ceratocone apresenta-se como um astigmatismo irregular, levando o paciente a trocar o grau do astigmatismo com frequência. O diagnóstico definitivo desta patologia é feito com base nas características clínicas e com exames objetivos como a topográfica corneana e a paquimetria ultrassônica.

Sintomas de Ceratocone: O principal sintoma é a visão borrada e distorcida tanto para longe quanto para perto. Alguns podem relatar diplopia (visão dupla) ou poliopia (percepção de várias imagens de um mesmo objeto), halos em torno das luzes, fotofobia (sensibilidade excessiva à luz) e coceira.

Tratamento de Ceratocone: tratamento do ceratocone visa sempre proporcionar uma boa visão ao paciente, bem como garantir seu conforto na utilização dos recursos que serão empregados e principalmente preservar a saúde da córnea. As alternativas de tratamento sempre são avaliadas nesta ordem: óculos, lentes de contato e cirurgias.

• Óculos: A primeira opção que o paciente recebe é a prescrição de óculos, na maior parte das vezes em casos iniciais da doença, quando o astigmatismo irregular ainda é baixo e é possível obter uma acuidade visual aceitável.

• Lentes de Contato: A partir do momento em que os óculos não conseguem fornecer uma acuidade visual satisfatória, a lente de contato é a próxima alternativa, geralmente é utilizada a lente rígida gás permeável que procura proporcionar a melhor acuidade visual, principalmente assegurar a saúde fisiológica da córnea.

• Crosslinking: Consiste na ligação de colágeno de córnea com a riboflavina. É feita a remoção do epitélio (camada mais externa do tecido corneano) da região central da córnea, de forma a expor a superfície para aplicação de uma solução de riboflavina, que nada mais é que a vitamina B2. O resultado deste processo é a criação de mais ligações covalentes no estroma o que aumenta a resistência mecânica da córnea. Com isso, há menor chance de progressão do ceratocone.

• Transplante de Córnea: Nos casos de ceratocone que progredirem ao ponto onde a correção visual não pode ser mais atingida com óculos e lentes de contato, o afinamento da córnea se torna excessivo, ou cicatrizes corneanas resultantes do uso de lentes de contato tornam-se um problema frequente ou exista a presença de leucoma (opacificação corneana) importante, o transplante de córnea se torna necessário.

• Implante de Anel Corneano: Uma alternativa cirúrgica para o transplante de córnea é o implante de segmentos de anel corneano (anel intra-estromal). Uma pequena incisão é feita na periferia da córnea e dois arcos de polimetil metacrilato são introduzidos deslizando os segmentos entre as camadas do estroma em cada lado da pupila antes que a incisão seja fechada. Os segmentos empurram a curvatura da córnea para fora, aplanando o ápice do ceratocone e retornando-o a um formato mais natural. O procedimento, realizado em uma base ambulatorial com anestesia local, oferece o benefício de ser reversível e potencialmente substituível, uma vez que não envolve a remoção de tecido ocular.

Fonte: Lotten Eyes

Cicatrizes


Toda cirurgia ou incisão na pele resulta em uma cicatriz. A cicatriz pode evoluir para uma cicatriz imperceptível, ficar aparente e até ficar hipertrófica ou queloidiana. Apesar da utilização de técnicas de cirurgia plástica para se obter uma boa cicatriz, existem outros fatores que podem influenciar na cicatrização do indivíduo, como por exemplo, os cuidados pós cirúrgicos e a tendência individual de desenvolver quelóide. 


A cicatriz pode ficar inestética com alterações como: 



- Alteraçao da cor – pode ficar mais esbranquiçada (hipocrômica) ou mais escura (hipercrômica);
- Alteraçao da forma – pode ficar mais deprimida ou mais elevada (cicatriz hipertrófica e queloide);
- pode ter contratura cicatricial, como por exemplo, em queimaduras.



A cicatriz hipertrófica caracteriza-se por ser mais grossa que a cicatriz original, enquanto que o quelóide é um tipo de cicatriz que ocorre formação de tecido exuberante, que ultrapassa os limites da cicatriz. Geralmente, o queloide aparece nos primeiros meses após a cirurgia e pode apresentar sintomas de coceira, dor e vermelhidão. Negros e orientais têm maior tendência a desenvolver o queloide. 


O tratamento do queloide geralmente é difícil. Alguns métodos podem ser utilizados para evitar o quelóide após a cirurgia como: pomadas, placas de silicone, massagem local e laser. Após a instalação do quelóide, alguns métodos podem ser utilizados para o seu tratamento como: infiltração na cicatriz de substâncias como o corticoide e 5-fluorouracil; cirurgia, betaterapia, criocirurgia, laser, terapia com interferon, imiquimode. Alguns estudos mostram a utilização de outros métodos como: bleomicina, tacrolimus, methotrexate, pentoxifilina e colchicina.

Fonte: Eliza Minami

Cicatrização

A cor da cicatriz. O ideal é que ela seja isocrômica. Todavia existem três tipos: 1- isocrômica ou normocrômica, que correspondem àquelas que tem a sua tonalidade igual à cor da pele vizinha. - 2 - hipocrômicas que são aquelas que não pigmentam o suficiente e permanecem descoradas numa tonalidade esbranquiçada ( clara em relação à pele vizinha) ou branca ou marmorada. 3 - hipercrômicas que são aquelas que apresentam aumento de pigmentação castanha que podem ate atingir intensa cor castanha até próximo ao preto. Estas variações ocorrem pela conjugação de vários fatores como genética, localização anatômica, causa da cicatriz, agentes químicos sensibilizantes, em geral pela exposição à luz solar ou máquina de bronzear. Existem outras como as que ocorrem nas pernas em pessoas com problema de varizes e ulceração frequente onde há micro hemorragia intradérmica,que da digestão da hemoglobina por estimulação da luz, isola a hemossiderina que por sua vez evolui para hemocromatina que é o pigmento final de cor castanho escuro que é fixado pelas células gigantes fixas da região.É um processo lento porém muito resistente à tratamentos clínicos.
Os filtros solares podem auxiliar na prevenção destes efeitos maléficos da luz, principalmente a solar que no verão são mais intensas.

Aterosclerose

A aterosclerose é a formação de placas de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias do coração e suas ramificações de forma difusa ou localizada. Ela se caracteriza pelo estreitamento e enrijecimento das artérias devido ao acúmulo de gordura em suas paredes, conhecido como ateroma.

O consumo excessivo de alimentos industrializados, bebidas alcoólicas e cigarro, a falta de atividades físicas e o excesso de peso modificam o LDL (lipoproteína de baixa densidade, o "mau colesterol"), agredindo os vasos sanguíneos e gradativamente levando ao entupimento das artérias. Com o passar dos anos, o diâmetro do vaso diminui, podendo chegar à obstrução completa, restringindo o fluxo sanguíneo na região.
Com isso, o coração recebe uma quantidade menor de oxigênio e nutrientes, tendo suas funções comprometidas. Essa complicação é a causa de diversas doenças cardiovasculares, como infarto, morte súbita e acidentes vasculares cerebrais.

Causas e fatores de risco

Na maioria das vezes, a aterosclerose está relacionada aos fatores de risco tradicionais, como pressão alta, diabetes,colesterol elevado, tabagismo e obesidade.
Pequena parte é de causa hereditária. Existem algumas alterações, como a hipercolesterolemia familiar, em que indivíduos da mesma família têm o colesterol elevado desde jovens, mas são menos frequentes. Nesses casos, o acompanhamento médico é indispensável para detectar o acúmulo das placas de gordura precocemente.

Sintomas

Os mais frequentes são: dores no peito (peso, aperto, queimação ou até pontadas), falta de ar, sudorese, palpitações refletindo arritmias e fadiga.
A aterosclerose é uma doença perigosa, pois muitas vezes a evolução é silenciosa. Algumas pessoas só descobrem a formação de placas de gordura quando uma artéria é obstruída completamente e o paciente precisa ser atendimento imediatamente. São as situações de infartos, derrames e até morte súbita.

Diagnóstico

Se não existe histórico familiar de doença e nenhum risco conhecido, o recomendado é fazer avaliações periódicas do colesterol a partir dos 35 anos, para que se detecte a doença precocemente.
Para aqueles que têm história de doenças cardiovasculares na família, o ideal é que o acompanhamento comece na adolescência, para que seja possível prevenir e controlar o desenvolvimento da doença.

Tratamento

A forma mais indicada de tratar a aterosclerose é retirar as placas de gordura e curar as lesões que ficam no local. A retirada pode ser feita por métodos invasivos, como o cateterismo e a angioplastia, e a ingestão de medicamentos. A adoção de hábitos saudáveis também é fundamental para o controle da doença.

Prevenção

Assim como a maioria das doenças cardiovasculares, a melhor forma de prevenção é manter uma rotina que inclua exercícios físicos regulares, alimentação balanceada e com baixo consumo de gorduras e sal, além do controle dos fatores de risco para doenças como obesidade, diabetes, hipertensão e colesterol e evitar o consumo exagerado de álcool e cigarro.
 Revisão médica: Dr. Marcos Knobel, cardiologista. Publicado em abril de 2012, disponível em: Portal Albert Einstein
Para ficar ainda mais claro, eis um vídeo super explicadinho. Tudo isso resumido em dois minuto! :)

Teste de Esforço



O teste de esforço (TE) ou teste ergométrico é o registro da atividade elétrica do coração durante o esforço físico. Além dos achados do eletrocardiograma durante o esforço, este teste permite avaliar também o comportamento da pressão arterial, os sintomas referidos pelo paciente e a sua aptidão física.


Para que serve

              O TE é utilizado para o diagnóstico, avaliação do tratamento ou estimativa de complicações futuras (valor prognóstico). Na grande maioria dos casos, o TE é realizado com esteira rolante, no entanto, a bicicleta ergométrica também poderá ser utilizada. O TE pode ser parte integrante de outros exames, como a cintilografia de perfusão miocárdica, o ecocardiograma de estresse e a ergoespirometria (teste cardiopulmonar).


Procedimentos

O paciente deverá realizar uma refeição leve no mínimo duas horas antes do exame. Deverá comparecer ao local com uma roupa apropriada para a prática de exercício físico (short , moletom, tênis, etc.). Mulheres deverão usar sutiã. Nos homens, poderá ser necessária a raspagem dos pelos do tórax (tricotomia) para evitar interferências no traçado eletrocardiográfico.

Como é realizado

O TE deverá ser realizado em um local apropriado para o exame, com a presença de um médico treinado, equipamento adequado e material de emergência, incluindo equipamento para desfibrilação elétrica em caso de parada cardiorrespiratória.
O TE consiste em submeter o paciente a um esforço físico crescente, através da utilização de um ergômetro que poderá ser uma esteira (o equipamento mais comum) ou uma bicicleta ergométrica. Utilizam-se protocolos (programas que determinam a forma de acelerar e/ou inclinar a esteira), de acordo com as características clínicas do paciente e a finalidade do exame.
Antes de iniciar o TE realiza-se um eletrocardiograma de repouso e a medida da pressão arterial. À medida que o paciente realiza o esforço físico, é obtido um registro eletrocardiográfico contínuo (gravado no computador), além de medições periódicas da pressão arterial por um auxiliar.
Periodicamente será perguntado ao paciente a respeito de seus sintomas ao esforço, como cansaço (esse deverá ser quantificado), falta de ar, dor no peito, fadiga nas pernas, tonturas, sensação de desmaio, etc. Após o término do esforço, realiza-se na recuperação novos eletrocardiogramas e medidas adicionais da pressão arterial.
Geralmente o objetivo do TE é fazer com que o paciente atinja pelo menos 85% da frequência cardíaca máxima (FCM). A FCM é obtida pela fórmula 220 - a idade do paciente.

Indicações
  • Diagnóstico de doença arterial coronariana (comprometimento das artérias do coração por placas de gordura ou ateromas), em pessoas com dor torácica ou não, desde que haja uma suspeita da doença. É importante salientar que o TE apresenta limitações para o diagnóstico desta doença, pois a sensibilidade (capacidade do TE em diagnosticar a doença) e a especificidade (correlação de um TE alterado com a presença real da doença) são inferiores a 70% e 80%, respectivamente.
Logo, existem casos de TE falso-positivos (há alteração durante o TE, mas não há uma doença real) e falso-negativos (o TE é normal, mas o paciente apresenta a doença).

  • Avaliação do risco de complicações futuras em pessoas com doença arterial coronariana já conhecida.
  • Após o infarto  do miocárdio com o objetivo de avaliar a condição cardíaca do paciente para o retorno de suas atividades físicas.
  • Em pessoas assintomáticas que sejam diabéticas, que desejem iniciar um exercício físico vigoroso, ou ainda, que tenham uma profissão que coloque outras pessoas em risco (exemplo: motoristas e pilotos de avião).
  • Em pessoas assintomáticas que desejem realizar atividades físicas.

 Contra indicações

 As contra indicações podem ser absolutas ou relativas:
Absolutas
  •  Angina instável;
  • Arritmias cardíacas descontroladas que causem sintomas ou comprometimento hemodinâmico;
  • Estenose aórtica sintomática grave;
  • Insuficiência cardíaca sintomática descontrolada;
  • Embolia pulmonar ou infarto pulmonar agudo.

Relativas
  • Estenose de artéria coronária esquerda principal;
  • Doença cardíaca valvular estenótica moderada Taquiarritmias ou bradiarritmias;
  • Miocardiopatia hipertrófica e outras formas de obstrução no trato de escoamento do fluxo anterógrado.
  • Aneurisma ventricular;
  • Doença metabólica descontrolada (ex: diabetes);
  • Doença infecciosa crônica; 
  • Estenose de artéria coronária esquerda principal;
  • Doença cardíaca valvular estenótica moderada;
  • Anormalidades eletrolíticas (ex.:hipocalemia);
  • Hipertensão arterial severa em repouso.

Quanto custa

O ECG de esforço ou teste de esforço ou cicloergometria, em esteira ou em bicicleta, para verificar como o coração se comporta diante de um esforço físico ou como se encontra sua capacidade funcional. Está disponível em vários hospitais. Na rede particular custa entre R$ 150 e R$ 300 e os convênios em geral reembolsam.

Referências Bibliográficas:


Ecocardiograma Transesofágico

Tem como objetivo analisar de maneira detalhada certas estruturas cardíacas profundas, que são próximas ao final do esôfago.


Como é feito
O exame consiste em introduzir uma sonda de ultrassom, específica para esta finalidade, pela cavidade oral do paciente através do esôfago (como ocorre em uma endoscopia digestiva). Para tanto, o paciente normalmente recebe um anestésico local em spray e pode até receber um sedativo.
Indicações
Pesquisa de trombos (coágulos) no coração, em pacientes que sofreram Acidente Vascular Cerebral e antes de cardioversão elétrica de arritmia cardíaca. Para análise de defeitos congênitos, especialmente do septo interatrial. Também é indicado para avaliação detalhada das valvas, das próteses cardíacas e aorta torácica.
Orientações
O paciente não precisa suspender o uso de qualquer medicamento para realizar o exame. Porém deve estar em jejum absoluto (inclusive líquidos), de 6 horas antes de realizar o exame.
No dia do exame o paciente deverá vir acompanhado e trazer seus exames cardiológicos prévios.
O exame é indolor e sem riscos para o paciente. Não é utilizada radiação ou contraste.

Ecocardiograma Transtorácio

O Ecocardiograma Transtorácico é um exame por imagem que tem como objetivo avaliar a anatomia e o funcionamento do coração.


Como é realizado

O exame é realizado pelo especialista em ecocardiografia. Neste procedimento o médico utiliza um aparelho específico de ultrassonografia, na região do tórax do paciente, para examinar o coração e os vasos sanguíneos próximos, para obter imagens de múltiplos planos.

Indicações

É indicado para detectar e quantificar as doenças cardíacas e dos grandes vasos relacionados ao coração. além de analisar quantitativamente a função cardíaca, o fluxo sanguíneo através das valvas e o tamanho das cavidades.

Orientações

O exame é indolor e sem riscos para o paciente. Não é necessário preparo para a realização do exame. Não é utilizada radiação ou contraste. No caso da realização desse exame em crianças menores de quatro anos, recomenda-se jejum de 2 horas, pois há possibilidade de receberem um leve sedativo. O ideal é que elas cheguem com sono à clínica.

Síndrome do Piriforme

Artemio D’Agosto Ayala
A dor do nervo ciático pode ter várias razões: hérnia de disco lombar, espasmo do músculo Piriforme ou trauma direto sobre nervo, produzido por exemplo por uma injeção mal aplicada.
O nervo ciático ou isquiático (como também é conhecido) se localiza a meio caminho entre o trocanter maior e a tuberosidade isquiático. Quando o quadril está estendido o nervo se acha recoberto pelo grande glúteo, mas ao fletir o quadril, o músculo desloca-se deixando o nervo descoberto.
O nervo ciático conecta-se com a medula espinhal através dos forames sacras posteriores e também a L5 (Quinta vértebra lombar). A medida que caminhamos distalmente pelo nervo (entendam distalmente como caminhando do quadril para o pé), esses ramos que saem da medula unem-se formando o nervo ciático que quando chega na metade do fêmur se divide em Nervo Tibial e Nervo Fibular Comum, estes por sua vez vão se ramificando.
Neste trajeto do nervo, ele atravessa vários músculos, fáscias, e tendões inervando alguns deles como: o Músculo adutor magno e o Músculo Piriforme.
Na região do quadril o nervo ciático passa internamente pelo músculo Piriforme e lateralmente pelos músculos Obturador Interno e os Gêmeos Inferior e Superior.

Quando o músculo Piriforme encontra-se em espasmo muscular, ele por sua vez comprime o nervo ciático produzindo dor, por isso o nome da patologia de Síndrome do Piriforme.
As dores dos nervos ou ciatalgias podem parecer como choques, agulhadas ou formigamentos e ocorrem no local da lesão ou em uma região que esse nervo percorre. Na Síndrome do Piriforme a dor pode chegar no joelho ou parte posterior da panturrilha, já que o nervo ciático se divide em Tibial que atravessa a panturrilha e vai até a sola do pé ou na parte lateral do joelho provocado pelo nervo Fibular Comum.
Muitos ciclistas, triatletas e corredores apresentam esse tipo de patologia porque o Músculo Piriforme encontra-se encurtado levando a uma compressão do nervo. A posição na bicicleta e o tipo de corrida (ex.: treinos de subida) são alguns dos fatores.

O tratamento pode ser feito pelo médico no que diz respeito de uma medicação para a inflamação desse nervo e também da fisioterapia para uma total reabilitação; realizando um trabalho para a retirada da inflamação e o alongamento do Músculo Piriforme, se esse for o motivo da sua patologia.
Um tratamento só com um anti-inflamatório ou de acupuntura (que tem como principio aumentar as endorfinas fisiológicas do nosso corpo para que possamos tolerar um nível maior de dor), irão resolver apenas a consequência que seria a dor. Para resolver a causa é preciso um bom trabalho de alongamento do músculo para deixa-lo no seu tamanho fisiológico ou no tamanho da sua necessidade.

Fonte: TotalSport

O caso da novela "Viver a Vida"

Como esse é o assunto polêmico da vez envolvendo a fisio, vou me manifestar também. Pra quem não sabe do que eu estou falando, vou resumir: No dia 05.06 (quarta-feira) foi ao ar uma cena da novela Viver a Vida em que um personagem, Daniel, fisioterapeuta do hospital, disse que não poderia prestar um determinado atendimento porque "não pode iniciar um tratamento sem uma avaliação médica".
Achei um absurdo isso. Após tantos anos de luta para conseguir nossa autonomia e após mais tantos outros de liberdade desde então, um escritor leigo para quanto a fisioterapia (Desculpa Walcyr, você é um grande escritor mas não sabe nada sobre a fisioterapia) leva para o Brasil inteiro essa imagem de dependência do médico. 


Então só pra reforça o que já sabemos:
- Fisioterapeuta pode realizar atendimento sim sem avaliação médica. 


Nós fazemos exame cinético-funcional, no qual avaliamos as o que pode comprometer o paciente quanto a sua funcionalidade. Por exemplo: Se você recebe um paciente com com Anquilose coxofemoral. Esse é o diagnóstico clínico (informado pelo médico) e o diagnóstico cinético funcional (feito por nós) seria "limitação e ADM e déficit de força para MMII". Ou seja, nosso diagnóstico consiste não em "Qual a doença?" mas sim em "Qual o comprometimento que essa doença está causando/pode causar?"

- Podemos solicitar exames complementares.
Até hoje, muita gente acha que precisa ir a um médico, para que ele peça exames e só depois ser encaminhado para um fisioterapeuta. Não minha gente, esse tempo já passou (há muito tempo, diga-se de passagem). Podemos solicitar exames porém de forma consciente. Se você realiza a anamnese e exame físico completo mas ainda assim resta alguma dúvida ou ainda se você está prestando atendimento e quer saber se está sendo bem sucedido (uma consolidação de fratura óssea, por exemplo) você pode solicitar  exames, sem dúvidas. O que não pode é em menos de cinco minutos de consulta, você se quer olhar seu paciente e já pedir um exame! (Tem muito 'profissional' assim hoje em dia e não é dá fisio! :p)
- Não somos inferiores aos médicos.
Eu vivo dizendo isso: Na área biomédica ninguém está acima ou abaixo dos médicos. Aqui todos caminham lado a lado (ou pelo menos esta deveria ser a visão geral). Médico não avalia e trata um paciente apenas com remédios, aliás ai mesmo ele já precisa do farmacêutico para desenvolver esses medicamentos. Um médico não estará sempre ao lado do seu paciente, mas os enfermeiros sim. Por mais que o fisioterapeuta desenvolva uma boa conduta, se seu paciente não estiver com uma alimentação balanceada que lhe forneça energia necessária para suas funções, a fisioterapia não funcionará. E depois que o paciente tiver condições para voltar as Atividade de Vida Diária (AVD´s) quem melhor que os nossos colegas, os Terapeutas Ocupacionais para desenvolver esse exercício? E o Educador Físico? Este sim pode auxiliar na prevenção muitas doenças do corpo. E o que seria do corpo se a mente não estivesse sã?
Médicos, Farmacêuticos, Enfermeiros, Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, Nutricionistas, Educadores Físicos, Psicólogos, Fonoaudiólogos, Biomédicos, Odontólogos... Todos precisamos uns dos outros e todos escolhemos profissões de entrega, de cuidar no próximo, e por isso mesmo, em respeito aos nossos pacientes, devemos respeitar uns aos outros e manter boas relações sempre. Chega dessa picuinha de "o médico ser superior". Integralidade. Multidisciplinaridade. É disso que nossos pacientes precisam.
Espero ter deixado meu ponto de vista claro e esclarecido algumas coisas também.

Ah Walcyr, na próxima pesquise mais um pouquinho mais pra não pagar outro mico deste tamanho. :)

Roteiro para prova prática

TRONCO


Estruturas Ósseas Palpáveis
Processo Mastoide: Atrás do lóbulo da orelha.
Processo transverso de atlas: mais medial. Entre processo mastoide e linha nucal.
*Não pressionar demais. Como é um local próximo a passagem de veias e artérias, pode causar dores locais e de cabeça, tonturas, ânsia de vômito entre outros sintomas.
C3: Abaixo do ângulo da mandíbula e osso hioide.
C4 ou C5: Cartilagem tireoide.
C7 ou T1: Palpa-se a vértebra proeminente na flexão de pescoço. Porém T1 pode ser confundida com C7 e vice-versa. Pra tirar a dúvida faz flexão e extensão de pescoço. Se durante a extensão seu dedo “entrar”, você está palpando C7. Se durante a extensão seu dedo permanecer no mesmo lugar, parabéns, você encontrou T1.
T4: Espinha da escápula.
T8: Ângulo inferior da escápula.
T12: Última costela (referência muito subjetiva).
L3 ou L4: Crista ilíaca.


Músculos eu atuam no tronco – técnicas para palpação
m. Esternocleidomastoide: Rotação para o lado oposto ou látero –flexão com resistência.
mm. Escalenos: Látero-flexão com resistência ou expiração forçada. Palpa acima da clavícula, posterior ao m. esternocleiomastoide.
mm. Eretores da Coluna: Decúbito Ventral (DV) e faz extensão do tronco. Palpa-se os três eretores juntos. Palpar na região tóraco-lombar para não confundir com ação dos m. romboides ou m. trapézio, por exemplo.
m. Quadrado Lombar: Avaliado em Decúbito Dorsal (DD) e faz elevação da pelve. Avaliador deve palpar na região póstero-lateral, entre a última costela e crista ilíaca.
m. Íliopsoas: Atua tanto no tronco (flexão de tronco) quanto no quadril (flexão de quadril). O avaliado deve estar em flexão de de quadril e joelho (90º) e realizar uma flexão maior que 90º. O avaliador deve palpar no espaço entre a cicatriz umbilical e EIAS. O paciente pode está sentado ou em DD.

m. Reto do Abdome: DD com quadril e joelho em Flexão 90º. Faz flexão e palpa-se na região central do abdome.
m. Oblíquo externo: Faz flexão de tronco e rotação para o lado oposto. Palpa-se anteriormente entre as últimas costelas e crista ilíaca.
m. Oblíquo interno: Faz flexão de tronco e rotação para o mesmo lado. Palpa-se anteriormente entre as últimas costelas e crista ilíaca.
m. Transverso do Abdome: Em DD, avaliado deve realiza expiração forçada (rápida e forte, uma tosse por exemplo). Palpar abaixo da cicatriz umbilical.
m. Diafragma: Examinador coloca três dedos abaixo das costelas, perto do esterno e polegar pressiona para cima.

Articulação Glenoumeral


Articulação de bola e soquete ( também pode ser chamada de esfenoide ou universal) e possui três graus de liberdade, no entanto, é uma articulação de pouca estabilidade óssea. A cavidade glenoide e extremamente rasa, plana e pequena para a cabeça do úmero. Para gerar mais estabilidade para está articulação há um forte aparato ligamentar e de tendões, além do lambro glenoide (rodeia o bordo da glenoide, gerando pressão negativa, gerando fulcro e aumentando a profundidade da cavidade glenoide), que proporcionam reforço articular.

Músculos que atuam na glenoumeral


1. M. Deltoide
Porção Anterior
Inserção Proximal: Articulação Acrômio Clavicular 
Inserção Distal: Tuberosidade Deltoidea 
Ação: Flexão, Adução, Adução Horizontal, Abdução e participa da rotação medial como motor secundário.

Porção Média
Inserção Proximal: Acrômio
Inserção Distal: Tuberosidade Deltoidea
Ação: Abdução


Porção Posterior

Inserção Proximal: Porção distal da espinha da escápula e acrômio
Inserção Distal: Tuberosidade Deltoidea
Ação: Extensão, Hiperextensão, Abdução, Abdução Horizontal e participa da rotação lateral como motor secundário.


2. M. Peitoral Maior
Porção Clavicular

Inserção Proximal: Face Inferior da Clavícula.
Inserção Distal: Crista do Tubérculo Maior do Úmero.
Ação: Flexão (até 90º, após entra em insuficiência ativa), Adução, Adução Horizontal, Rotação Medial.

Porção Esternocostal

Inserção Proximal: Esterno e Cartilagens esternocostais
Inserção Distal: Crista do Tubérculo Maior do Úmero
Ação: Adução, Adução Horizontal, Rotação Medial

3. M. Grande Dorsal / Latíssimo do Dorso

Inserção Proximal: Crista ilíaca e fáscia dorso lombar.
Inserção Distal: Tubérculo menor do úmero.
Ação: Rotação Medial, Adução, Extensão e Hiperextensão.

4. M. Redondo Maior

Inserção Proximal: Bordo lateral da escápula, próximo ao ângulo inferior. 
Inserção Distal: Crista do Tubérculo menor do úmero
Ação: atua junto com o latíssimo do dorso, ou seja, realiza os mesmos movimentos.

5. M. Coracobraquial

Inserção Proximal: Processo Coracoide.
Inserção Distal: Terço proximal da face interna da diáfise do úmero.
Ação: Flexão, Adução e Adução Horizontal.




Músculos do Manguito Rotador
O manguito rotador é um grupo muscular composto por quatro de pequeno braço de força mas importantes estabilizadores do Úmero na Cavidade Glenoide. Favorecerão  a depressão da cabeça do úmero, evitando o contato entre o tubérculo maior e a cavidade glenoide em casos de flexão e abdução do ombro, por exemplo. São eles:

M. Infra Espinhal

Inserção Proximal: Fossa infraespinhal. 
Inserção Distal: Tubérculo Maior do Úmero.
Ação isolada: Rotação Lateral.

M. Redondo Menor

Inserção Proximal: Bordo Lateral da Escápula.
Inserção Distal: Tubérculo Maior do Úmero.
Ação isolada: Rotação Lateral.

M. Subescapular

Inserção Proximal: Fossa subescapular
Inserção Distal: Tubérculo Menor do Úmero.
Ação isolada: Rotação Medial.

M. Supra espinhal
Inserção Proximal: Fossa supra espinhal (logo abaixo do m. trapézio).
Inserção Distal: Tubérculo Maior do Úmero.
Ação isolada: Abdução até 30º sozinho.

*Ainda entre os estabilizadores há o M. Bíceps Braquial.


Referências: 
Meu caderno :)
SALVINI, Tania de Fátima (Coord.).Movimento Articular: Aspectos Morfológicos e Funcionais. Barueri: Manole, 2005.
SMITH, Laura K.; WEISS, Elizabeth L.; LEHMKUHL, L. Don.Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 5.ed. Barueri: Manole, 

Páginas Interessantes

Oooi pessoas!
Bem, aqui do lado direito há algumas páginas que eu achei interessante. Vou comentar um pouquinho sobre elas! :)

AnatoGames
Gente, eu amava essa página quando estava pagando anatomia. Ele foi muito útil naquela época e voltou a ser quando eu estava pagando cinesiologia. Enfim é uma página ótima para auxiliar os estudos em anatomia e posteriormente para revisar a boa e velha anatomia! 

Arquivos de Fisioterapia
Esse foi o meu último achado e eu realmente estou me perguntando porquê eu não esbarrei com esse blog antes! Gente, ele é óóóóóóótimo, tudo que um estudante de fisio (não só de fisio) pode querer. Lá tem e-books, apostilas, roteiros e mais um monte de coisas super interessantes para nós acadêmicos. Super indicado!

Arte Médica
Este é um blog bem interessante... Talvez ele não vá ser útil nos estudos mas é ótimo para o entretenimento. Ele aborda vários temas médicos encontrados na literatura, música, pintura e escultura. :)

Aula de Anatomia
E quem ainda não conhece essa página? Tem de tudo relacionado a anatomia. Dispensa mais comentários. Muito bom!

COFFITO e CREFITO-1
Nossa classe deve está informada, certo? Atualizações do nosso Conselho Federal e o Regional-1 (abrange os estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e o meu Rio Grande do norte *-*)

Dr. Drauzio Varela
Outra página que dispensa apresentações. Ótima para pesquisas!

Faça Fisioterapia, Fisio Live, Fisio Web, Fisioterapia em Movimento, Fisioterapia.com e Hérnia de Disco
De modo geral, estas páginas postam artigos, vídeos e outras tantas 

MedicinaNet
Útil para todos que atuam na área de saúde. Tem de tudo também!

Portal da Saúde e Portal do Trabalho e Emprego
Páginas federais com informações gerais a respeito da saúde e trabalho... Fala dos projetos, campanhas, ergonomia e muito mais. :)

Profº Valdeci Dionísio
Uma das melhores páginas daqui. Como a descrição do próprio site "Este espaço é dedicado à informação e discussão de temas relacionados à cinesiologia, cinesioterapia e a fisioterapia musculoesquelética. " Há ainda casos clínicos e artigos científicos. :D

Saúde
Gente eu amo esse blog! É baseado em resumos de artigos e pesquisas acadêmicas. Indicadíssimo!

Revista Brasileira de Fisioterapia, Sociedade Brasileira de Fisioterapia, Scielo
Ah... Fontes riquíssimas de artigos científicas. Extremamente indicados! ;D


Por enquanto é isso, por tanto divirtam-se!


Teste de Queda de Braço


Trata-se de um teste clínico especial para avaliar o músculo supra-espinhoso.

Indicação
O teste da queda de braço é usado como uma técnica coadjuvante na avaliação de uma laceração do manguito rotador, mais especificamente da unidade contrátil do supra-espinhoso.


Método
O indivíduo fica de pé ou sentado com o ombro colocado na posição plenamente abduzida. Pede-se ao indivíduo abaixe lentamente o membro a partir da posição plenamente abduzida, colocando-o novamente ao lado do corpo.


Resultados
A capacidade de controlar o abaixamento do membro superior de volta para uma posição aduzida representa um teste negativo para acometimento do tendão do supra espinhoso. Um resultado positivo é confirmado quando o abaixamento do membro acarreta dor ou se o membro cai de maneira descontrolada para o lado do corpo a partir da posição abduzida de aproximadamente 90 graus.



Referência bibliográfica:
PALMER, M. Lynn; EPLER, Márcia E..Fundamentos das Técnicas de Avaliação Musculoesquelética. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.


Abreviações dos movimentos

Só uma forma de facilitar a escrita, algo compreensível a todos, são elas:

Abdução - abd 
Adução - add
Flexão - V
Extensão - /
Rotação Interna e Externa - 

 (especificar qual rotação após o símbolo)


Ou apenas RI e RE 


Parece muito simples e óbvio mas há pessoas que ainda não se depararam com eles, então aqui está! :).

Estudando para uma prova Teórica

        Estudar para uma prova teórica de Cinesiologia e biomecânica requer o uso de muuuuitos neurônios (quem tá estudando sabe que é muita coisa!). Eis um breve roteiro de estudo levando em consideração o membro superior apenas.

# Articulações e seus movimentos:

Ombro
- Articulação Escapulotorácica: 
  • Elevação; 
  • Depressão; 
  • Rotação Superior; 
  • Rotação Inferior; 
  • Adução (ou Retração);
  • Abdução (ou Protração)
*tendo assim três graus de liberdade.


- Articulação Glenoumeral: 
  • Adução; 
  • Abdução; 
  • Adução Horizontal; 
  • Abdução Horizontal; 
  • Flexão; 
  • Extensão e Hiperextensão; 
  • Rotação Lateral (ou Externa)  
  • Rotação Medial (ou Interna). 
* Articulação com três graus de liberdade.

- Articulação Acromioclavicular: Possui três eixos e três graus de liberdade e os movimentos são refletidos nos movimentos escapulares de elevação, abdução e rotação. Utilizando as palavras de Hamill & Knutzen (2008) ela realiza um movimento de rotação, desencadeada pela tensão do ligamento coracoclavicular à medida que a escápula roda lateralmente não na abdução do braço, realiza rotação para cima e para baixo de aproximadamente 60º, realiza também os movimentos de protração  e retração de aproximadamente 30 a 50 e movimentos para cima e para baixo ou elevação e depressão de aproximadamente 30º. OU SEJA, acompanha os movimentos da escápula.

- Articulação Esternoclavicular: 
  • Elevação;
  • Depressão; 
  • Protração; 
  • Retração; 
  • Rotação Transversa (Rotação entorno do seu próprio eixo. Tal rotação ocorre depois que o ombro foi abduzido ou fletido a 90º e é essencial para rotação para cima completa da escápula e flexão ou abdução do ombro).


Cotovelo
- Articulação Ulnoumeral:  
  • Flexão do Cotovelo;
  • Extensão do Cotovelo. 

- Articulação Radioumeral: 
  • Flexão do Cotovelo;
  • Extensão do Cotovelo.

- Articulação Radioulnar proximal:  
  • Pronação do antebraço;  
  • Supinação do antebraço.

           *As três articulações possuem apenas um grau de liberdade


Punho e Mão

- Articulação Radiocarpal (ou radiocárpica) - Rádio + Escafóide + Semilunar. Permite Flexão, Extensão, Desvio Radial e Desvio Ulnar.

- Articulação Metacarpal - Entre os ossos do carpo.

- Articulação Carpometacarpiana - Ossos do carpo com as bases dos metacarpos. Permite pequenos movimentos de flexão e extensão.

- Articulação Carpometacarpiana do Polegar - Osso Trapézio e
a base do 1º metacarpo. Permite oposição, adução, abdução, extensão e flexão.

- Articulação Metacarpofalangiana - Entre os metacarpos e as falanges proximais. Permite a extensão, flexão, adução e abdução dos dedos.

- Articulação Interfalangiana - Entre as falanges. Permite a Flexão e Extensão dos dedos.


#Ações Musculares
        Compreender as ações de cada músculo e associá-la aos outros músculos, definindo suas sinergias verdadeiras e acessórias. Pra facilitar um pouco as coisas e não misturar muito, é interessante separar os músculos que atuam em cada articulação antes associar as ações musculares. Por exemplo: Sabemos que na articulação escapulotorácica atuam 5 músculos e sei também os movimentos que ela permite, pronto, isso já facilita muuuuito na hora de relacionar os músculos! :) 

Articulação Escapulotorácica:
  • Depressão - m. Trapézio Inferior e m. Peitoral Menor.
  • Elevação - m. Trapézio Superior, m. Elevador da Escápula e mm. Romboides.
  • Adução - mm. Romboides e m. Trapézio médio. 
  • Abdução - m. Serrátil Anterior.
  • Rotação Superior -  m. Trapézio Superior, m. Trapézio Inferior e m. Serrátil Anterior.
  • Rotação Inferior -  m. peitoral menor, mm. Romboides e m. Elevador da Escápula.
Articulação Glenoumeral:
  • Adução - m. Grande dorsal (ou m. latíssimo do dorso), m. Peitoral Maior e m. Redondo Maior.
  • Abdução - m. Deltoide (três porções) e m. Supraespinhal.
  • Adução Horizontal - m. Deltoide Anterior, m Peitoral Maior e m. Coracobraquial.
  • Abdução Horizontal - m. Deltoide Posterior
  • Flexão - m. Deltoide Anterior, m. Coracobraquial e m. Peitoral Maior (porção clavicular até 90º).
  • Extensão e Hiperextensão - m Tríceps Braquial (apenas extensão), m. Deltoide Posterior, m. Latíssimo do Dorso e m. Redondo Maior.
  • Rotação Lateral (ou Externa) - m. Redondo Menor, m.Infra espinhal e m. Deltoide Posterior. 
  • Rotação Medial (ou Interna). m. Subescapular, m. Latíssimo do Dorso, m. Redondo Maior, m. Deltoide Anterior e m. Peitoral Maior.
Cotovelo
  • Pronação - m. Pronador Redondo, m, Pronador Quadrado, m. Flexor Radial do Carpo, m. Palmar Longo e Extensor Radial Longo do Carpo.
  • Supinação - m. Bíceps Braquial, m. Supinador, m. Abdutor Longo do Polegar, m. Extensor Curto do Polegar e m. Extensor do Índex (os três últimos como motor secundário).
  • Flexão - m. Bíceps Braquial, m Braquial, e m, Braquiorradial (motores primários; m. pronador redondo, m Extensor Radial Longo e Curto do Carpo (motores secundários).
  • Extensão - m. Tríceps Braquial e m. Ancôneo. 
* m. Braquiorradial é um flexor de cotovelo que pode realizar tanto pronação quanto supinação.

Punho
  • Extensão - m. Extensor Ulnar, m, Extensor Radial Longo do Carpo, m. Extensor.
  • Flexão - m. Palmar Longo, m. Flexor Radial e m. Flexor Ulnar (m, flexor superficial do dedos como motor secundário).
  • Desvio Radial - m. Flexor Radial do punho,  m. Extensor Radial Longo do Carpo e m. Extensor Radial Curto do Carpo.
  • Desvio Ulnar - m. Flexor Ulnar do do Carpo e m. Extensor Ulnar. 
* Dois graus de liberdade (extensão, flexão, desvio ulnar e desvio radial).

#Além disso...
É preciso saber também:
  • Inserções proximais e distais dos músculos;
  • Inervações;
  • Bioalavancas dos músculos;
  • Compreender e aplicar as sinergias;
  • Compreender a importância funcional do manguito rotador bem como os músculos que o formam e suas ações individuais;
  • Compreender e definir ângulo de carregamento - No úmero, a tróclea encontra-se mais distal que o capítulo, o que causa um desvio lateral do antebraço em relação ao úmero, o qual é mais acentuado em mulheres devido a maior quantidade de elastina e colágeno nos tendões. (Eixo de Flexão e Extensão não é inteiramente perpendicular a diáfise do úmero). Até hoje não foi atribuída nenhuma função clara  desse ângulo.
  • Compreender o que é e como acontece o ritmo escapuloumeral - A partir de 30º de Abdução a escápula começa a rotacionar superiormente em resposta a ação muscular do m. trapézio e m. serrátil anterior, impedindo o contato do arco coracoacromial com o tubérculo maior do úmero.

Bem, basicamente é isso. OBVIAMENTE, ninguém estudará só por isso. Usem suas anotações, livros de cinesiologia e anatomia também. Baseiem-se no roteiro mas acrescente se tiver algo mais em seus conteúdos. :)